sábado, 8 de dezembro de 2012

ÁRABES x JUDEUS


08/12/2012 - 13h50

Em jubileu, líder do Hamas diz que nunca reconhecerá Estado de Israel

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Estado PalestinoO líder do Hamas, Khaled Meshaal, disse neste sábado que nunca reconhecerá o Estado de Israel, em sua primeira visita à faixa de Gaza em 41 anos. As declarações foram feitas em discurso comemorativo dos 25 anos de existência do movimento radical islâmico.
"A Palestina é nossa do rio [Jordão] para o mar [Mediterrâneo] e do sul para o norte. Não haverá concessão de uma polegada de terra".

Jubileu do Hamas

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Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
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Khaled Meshaal foi recebido como um herói pelos moradores de Gaza, que lotaram ruas para ouvir discurso
Para Meshaal, o território reivindicado, onde hoje estão os territórios palestinos e o Estado de Israel, "sempre foi e é árabe e islâmico". "Essa é a nossa terra e não a de outros. Por isso, nunca reconheceremos a legitimidade da ocupação da nossa terra. A terra da Palestina será nossa e nunca será dos sionistas".
Em um discurso intransigente, Meshaal também prometeu libertar prisioneiros palestinos detidos em Israel, indicando que militantes islâmicos tentariam sequestrar soldados israelenses para usá-los como moeda de troca.
Ele fez referência à soltura de 1.027 palestinos presos em Israel no ano passado, em troca da libertação de Gilad Shalit, soldado israelense capturado por palestinos em 2006 e que ficou escondido pro mais de cinco anos.
O tom radical do pronunciamento de Meshaal foi compartilhado pelas Brigadas Ezz al Din al Qassam, braço armado do Hamas. Em discurso, um combatente encapuzado prometeu destruir Israel.
"Cortaremos as mãos de qualquer um que ataque o povo palestino e seus líderes", disse o militante, que não foi identificado.
Ele também mostrou sua satisfação com os resultados obtidos na última batalha entre Israel e os palestinos, em que 167 palestinos e sete israelenses morreram, no início de novembro. Os combates terminaram com um cessar-fogo mediado pelo Egito, após oito dias de enfrentamentos.
JUBILEU
Os discursos foram acompanhados por dezenas de milhares de militantes, que celebravam a criação do Hamas. O grupo nasceu em 1987, pouco antes da Primeira Intifada palestina, que aconteceu há exatos 25 anos na faixa de Gaza.
Entre a multidão, que estava em uma praça da Cidade de Gaza, havia muitas mulheres e crianças com os símbolos do Hamas, bandeiras e gorros de cor verde, além de militantes armados e encapuzados das Brigadas Ezz al Din al Qassam.
Em cada lado do palco foram instalados retratos gigantes do fundador do Hamas, xeque Ahmed Yassin, assassinado pelo exército israelense em 2004, e do chefe militar do Hamas, Ahmed Jaabari, morto no primeiro ataque israelense da operação lançada em novembro.
Estrangeiros de outros países muçulmanos também participam da festa, após passar pela fronteira com o Egito em Rafah. A maioria vem de países como Egito, Tunísia, Líbano, Arábia Saudita e Jordânia.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

BOLÍVIA NO MERCOSUL


Em documento final, Mercosul comemora entrada de Bolívia e destaca incentivo ao comércio com China e União Europeia 

Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília
Na conclusão da reunião da Cúpula do Mercosul nesta sexta-feira (7) em Brasília, os cinco países membros plenos – Argentina, Brasil,  Paraguai (suspenso), Uruguai e Venezuela – destacaram a assinatura do presidente Evo Morales ao protocolo de adesão da Bolívia ao bloco econômico regional.

"A entrada da Bolívia deixa o Mercosul mais forte", afirmou a presidente Dilma Rousseff durante discurso.

Criado em 1991, o Mercosul (Mercado Comum do Sul), tem além dos membros plenos,  Bolívia, Chile, Colômbia e Equador como "Estados associados". A diferença do primeiro tipo de membro para o segundo é que tornar-se "Estado parte", ou pleno, implica no estabelecimento de uma tarifa externa comum, na adoção de política comercial conjunta e no compromisso de harmonizar a legislação das áreas pertinentes, entre outras ações.

O ato da Bolívia significa o primeiro passo para consolidar a entrada efetiva do país vizinho ao Mercosul, que incluiu a aprovação da entrada deles por cada um dos parlamentos dos países que são membros plenos. O processo pode durar até quatro anos, segundo estimativas do bloco. O protocolo de adesão da Bolívia cria um grupo de trabalho que terá o prazo de 180 dias para estabelecer os cronogramas e tarefas relativos à adesão.

Comunicado conjunto

Em outro documento divulgado ao final da Cúpula, chamado de "comunicado conjunto dos presidentes dos Estados partes do Mercosul", os presidentes ressaltam a importância das relações do bloco com China e União Europeia, como meio de fortalecer a economia regional e impulsionar o crescimento dos países latino-americanos.